Homem é preso após ser flagrado arrastando cadela amarrada à moto

Foto: Reprodução/ TV Anhanguera



Um homem foi preso na tarde do último domingo, 22, após ter sido flagrado arrastando uma cadelinha que estava amarrada a sua moto no município de Jataí, em Goiás. O idoso de 65 anos estava embriagado e foi detido pela polícia pelo crime de maus-tratos a animais e por dirigir sob o efeito de álcool.

Segundo o relato da Polícia Civil, a cadelinha estava amarrada por uma corda ao veículo enquanto o homem pilotava a moto pela rua. Como não conseguiu acompanhar a velocidade do veículo, o animal foi arrastado pelo motociclista. Uma policial à paisana que avistou a cena ordenou que o homem parasse a moto e em seguida socorreu a cachorrinha.

No registro policial, o idoso conta que ganhou a cadelinha de uma amiga e estava levando-a para sua residência. No momento da abordagem, o acusado apresentava dificuldades para falar e se movimentar, o que levantou a suspeita de que ele estava sob efeito de álcool. Um teste do bafômetro confirmou a embriaguez.

Após ser resgatada, a cachorrinha foi encaminhada para uma clínica veterinária, onde foi atendida e permaneceu internada para que pudesse se recuperar dos sérios ferimentos.


Crime

No Brasil, crimes contra animais estão previstos na lei 9.605 de 1998. Uma vez acusado, o responsável pode ser punido com multa e até um ano de detenção. No entanto, em uma entrevista à Agência de Notícias de Direitos Animais, o advogado criminalista e consultor da ANDA Sérgio Tarcha explicou que existe um novo projeto que torna a pena de crimes de maus-tratos mais rigorosa.

Segundo Tarcha, apesar de trazer avanços, crimes contra animais ainda não são vistos com gravidade pela Justiça. “A pena, hoje, é de 3 meses a 1 ano de detenção, ou seja, é nada. A lei que regula a matéria é a lei de crimes ambientais, 9.605/98, a nova lei, 11.210/18, que já foi aprovada pelo senado eleva para 1 a 4 anos de detenção, mais a multa. Ainda continua muito branda a legislação, em outros países é muito mais severo”, disse.


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