Cadelinha é salva de câncer e recebe um crânio novo graças a impressora 3D

Avanços da medicina e da tecnologia deram novas esperanças a Patches.



Imagine a situação: aparece um pequeno calombo na cabeça da sua cadela salsichinha. Donos mais assustados não veriam a hora de marcar um veterinário – mas a maioria das pessoas nem desconfiaria de que há algo de complicado acontecendo. Um galo, uma pequena espinha, nada demais. 

Às vezes, de fato, um calombo não passa disso. Infelizmente, não foi o caso de Patches, cadelinha de uma família de Williamsport, no estado americano da Pensilvânia. O que começou como um calombinho levou apenas alguns meses para crescer e ficar gigantesco. Cresceu tanto que deformou o crânio do cão, e ficou do tamanho de uma laranja!

A cachorrinha de 9 anos de idade tinha um grande tumor cancerígeno na frente de seu crânio – se já não bastasse o câncer em si, o volume crescente estava empurrando parte de seu cérebro e órbita ocular. O cenário não era nada bom.



Desesperada, a família procurou a doutora Michelle Oblak, uma veterinária cirúrgica especialista em oncologia da Universidade de Guelph, no Canadá. Obak é especialista em usar próteses impressas em 3D para cuidar de cãezinhos.

Para remover o tumor que cresceu no crânio de Patches, a veterinária trabalhou com Galina Hayes, uma cirurgiã de pequenos animais da Universidade de Cornell. O primeiro passo foi remover totalmente o tumor. Só que ele era grande demais – boa parte do crânio de Patches foi junto.
A grande sacada foi substituir a parte do crânio perdida por uma placa impressa em 3D, que foi especialmente fabricada para a cadelinha.E isso fez uma baita diferença: em casos como o de Patches, o buraco causado pela remoção do tumor seria tapado por uma malha de titânio genérica. Por incrível que pareça, fazer a placa com as medidas exatas da cadelinha saiu mais barato que o processo tradicional – e trouxe um resultado extremamente mais preciso.

Graças ao ensaio digital, os pesquisadores conseguiram mapear com precisão as dimensões para a impressão do novo crânio em 3D, incluindo os locais onde seriam colocados os parafusos e as placas.
A exatidão tinha que se precisa e o momento era tenso: “Havia pouquíssimo espaço para erros”, Oblak afirmou em comunicado. Se suas medidas estivessem erradas por mais do que dois milímetros, o trabalho todo seria em vão – a placa não encaixaria na hora H.

No dia 23 de março, Patches passou pela crucial cirurgia. Ao todo, foram quatro horas de operação. Pouco mais de 30 minutos depois de acordar, Patches já estava andando. E a veterinária garante: a cadelinha está livre do câncer.



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